sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sé Catedral do Funchal

foto tirada da net
(foto tirada da net) Funchal - 1920
foto tirada da net
A primeira igreja do Funchal foi construída perto da praia do Calhau. Ampliada em 1438 e novamente em 1450, depressa se tornou insuficiente para as necessidades da população. Por isso, a 5 de de Novembro de 1485, iniciou-se a construção de uma nova igreja no Campo do Duque, que esteve sujeita a diversos atrasos. Em 1500, o Rei voltou a insistir na construção da tão aclamada "igreja grande" e, em 1517, o novo templo foi finalmente concluído. O plano da igreja encontra-se dentro da tradição do gótico mendicante, misturado com influencias mouras, manuelinas e até locais. Dez arcos góticos ligam as naves e a luz natural é feita por oito frestas manuelinas na capela-mor. O recheio da igreja é excepcional e encontra-se espalhado um pouco por todo o lado. Algumas das peças do tesouro podem ser vistas no Museu de Arte Sacra. Quando entra na igreja pode ver algumas das ofertas do Rei, como a pia baptismal, ainda no seu local de origem, o púlpito e o pequeno altar-mor. Seis capelas com arcos góticos ocupam as naves laterais. A capela-mor abre por um arco triunfal e todo o pano de fundo é ocupado por um poliptico constituído por uma magnifica colecção de tábuas. Nas paredes laterais sobrevive o cadeiral manuelino, composto por duas filas de cadeiras, sendo a primeira fila reservada aos capitulares e mais baixa aos capelães. A fila mais alta tem espaldares decorados com imagens dos Apóstolos e dos Profetas. Descreve-los é simplesmente impossível! Quer nos assentos do cadeiral, quer nos braços das cadeiras, encontra interessantes motivos de de influencia medieval, alguns um pouco atrevidos, resultado da imaginação doa artífices manuelinos. Na capela do santíssimo, decorada ao estilo dos séculos XVIII e XIX, pode apreciar uma grande pintura do século XVII que representa a Ultima Ceia. Existem dois relógios mecânicos na torre que marcam o ritmo de vida dos cidadãos e da cidade. Antes destes relógios existiram outros. O primeiro começou a trabalhar em 1776 e foi retirado em 1921, encontrando-se hoje na Biblioteca Municipal. O segundo relógio foi doado por um medico inglês e começou a funcionar em 1922, mas só em 1923 é que se puderam ver as horas e os minutos. Até lá só havia um ponteiro a indicar as horas. Finalmente, em 1989, este relógio foi substituído por outro controlado por um sistema computorizado. A Sé do Funchal, é dos poucos edifícios que sobreviveram virtualmente intactos desde os tempos da colonização. Nos anos 90 do século XV, D. Manuel enviou o arquitecto Pêro Anes para trabalhar no desenho da catedral do Funchal, que ficou concluída em 1514. No entanto, em 1508, quando o Funchal foi elevado à categoria de cidade, já se celebravam missas no templo. Contudo, o corucheu da torre sineira e mais alguns detalhes só vieram a ser finalizados cerca dos anos de 1517-1518. Os destaques vão para os assentos da capela-mor que exibem santos, profetas e apóstolos em trajos do século XVI. Nos pormenores decorativos dos assentos e apoios para os braços podem ver-se aspectos da vida da Madeira, como por exemplo, um querubim que transporta um cacho de bananas e outro carrega um odre cheio de vinho. A igreja possui uma excepcional cruz processional, oferecida por D. Manuel I. Esta alfaia de culta em prata é considerada uma das obras-primas da ourivesaria manuelina portuguesa.
Sé - 2008

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Boaventura!

foto tirada da net (sem data)
"O porto desta povoação é na boca da Ribeira da Boaventura, mau porto e com muitos penedos mergulhados. Este curato é unido à freguesia de Ponta Delgada. Toda a povoação está espalhada pelos diferentes lombos, entre balseiras, e daqui se atravessa ao Curral das Freiras, cujo caminho é péssimo, por escabrosos rochedos ate ao Alto das Torres e coberto de arvoredos.
Dista 9,5 km da sede do concelho e confina com as freguesias de Arco de S. Jorge, Ponta Delgada, S. Vicente e Curral das Freiras.
A pouca distância da sua costa, encontram-se dois ilhéus conhecidos por Porco e Vermelho. Fica-lhe defronte o ilhéu Preto em cuja fenda por onde o mar se espadana, se dá origem à formação de um altíssimo jacto.
É esta freguesia servida ainda por um pequeno porto, na foz da ribeira do mesmo nome, que nasce na Serra das Torrinhas e desagua no Oceano Atlântico. Pedro Gomes Galdo é considerado um dos mais antigos antigos colonizadores deste lugar, aqui tendo possuído terras de sesmaria e a quem se atribui a fundação da capela de S. Cristóvão, no sitio que ainda hoje conserva este nome.
Os terrenos que constituem a paroquia de Boa Ventura pertenceram, durante quase três séculos à freguesia de Ponta Delgada, da qual foram desmembrados em 1836. A sede da nova paroquia foi estabelecida na capela de Santa Quitéria, construída no sitio do Serrão, que fora edificada em 1731 e reconstruída em 1835. Existiram nesta freguesia as ermidas de S. Cristóvão e de Sant'Ana, e em 1918 procedeu-se à construção de uma capela no sitio da Fajã do Penedo, dedicada ao Coração Imaculado de Maria.
De acordo com o Elucidário Madeirense, é totalmente desconhecida a origem deste topónimo, sendo necessário, em primeiro lugar, averiguar a verdadeira grafia desta designação, na medida em que este nome aparece escrito de duas formas: Boaventura e Boa Ventura. Presume-se que a primeira forma é a mais antiga e também a mais comum e usual, desconhecendo-se, contudo, que razão estará na base da preferência de qualquer uma delas. Alberto Artur Sarmento, em "Freguesias da Madeira" é de opinião que, nos primórdios do povoamento, estas terras terão sido chamadas de boa ventura, alcunha que teve o seu povoador.

Esta é uma das freguesias mais pitorescas da ilha. O seu casario disperso resulta no isolamento de algumas povoações, como no caso de Falca de Cima e Falca de Baixo. Nestas terras tiveram assento algumas casas solarengas, como os morgados do Serrão, da Silveira e Curado de Vasconcelos e Licio de Lagos. No sitio de S. Cristóvão existiu uma pequena fabrica de telha, feita de um barro muito denso, que se encontrava nas suas proximidades e que era muito resistente aos danos provocados pela maresia.
As referencias mais antigas à localidade de Boaventura perdem-se nos anais da história. Todavia aquela mais antiga que conseguimos encontrar lavrada em documento é de 1520. Refere-se no documento que nas três localidades residiam 43 moradores.
A orografia da vertente norte da ilha associada às difíceis condições de aproximação da costa não facilitou a circulação de homens e dos produtos arrancados à terra. Este factor condicionou de forma evidente a evolução das freguesias e concelhos deste espaço. Em 1774 um dos grandes argumentos usados pelos moradores do norte para reivindicarem o novo município era a grande dificuldade de comunicação, por terra e por mar, com Machico. Somente em 1914 tivemos a primeira estrada de ligação ao Funchal pela Ribeira Brava que em 1928 foi alvo de alargamento para se ajustar à circulação de viaturas.
Ate ao actual estabelecimento da rede viária, passou-se um sinuoso percurso na aproximação da vertente norte ao sul. Até ao aparecimento do automóvel a costa norte manteve-se como um local de perdição, quase inacessível aos mortais. Atingir estas faldas montanhosas só a pé, a cavalo ou em rede, pois o barco era um meio pouco eficaz. Além disso, os caminhos eram sinuosos e de grande insegurança para os visitantes e insulares. Daqui resulta o seu quase total esquecimento até a primeira estrada em 1914 a ligou ao Funchal. Depois foi a abertura, em 25 de Junho de 1953 do túnel que liga ao Arco de S. Jorge.


Boaventura - 2008

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Deus!

"Deus, este ser supremo, senhor da vida da morte, criador e salvador de tudo quanto existe, principio, meio e fim de todos os seres, graça e juiz do bem e o mal, não cabe evidentemente numa simples pagela, nem nas pretensões dos nossos minguados esforços. Mas Ele é pai, mãe e companheiro da nossa caminhada. Ele é o sopro santo das nossas vidas e o fogo dos nossos corações que queima sem se consumir. Vive no fundo de nós mesmos e é mais intimo que os nossos próprios sonhos. Abençoa-nos todos os dias e ri, apiedado, diante das nossas tentativas mal sucedidas.
Não abomina ninguém, mas é graça, somente graça, nada mais do que graça, para toda a gente.
Quando alguém nasce, Ele é o primeiro a bater palmas. Quando alguém morre, Ele espera-o de braços abertos e com o coração em festa.
Deus, graças a Deus, é assim. Será que ja sabia isto e acredita neste Deus verdadeiro?"

Felicidade!

"Diz o poeta que a felicidade está onde nós a colocamos, mas nós, normalmente, colocamo-nos onde ela não se encontra.
A felicidade, como a alegria não é uma realidade que possa ser conquistada de ânimo leve, por actos de vontade. Não! A felicidade é, antes, um fruto que nasce nos caminhos do bem e da generosidade. Ela não é uma simples euforia, como a que sentimos nos momentos de sucesso próprio ou de alguém querido. Para se sentir feliz é preciso, em primeiro lugar, gozar de paz interior e estar de bem com o meio ambiente, ninguém, por isso, é feliz contra os outros.
A felicidade, costuma-se dizer, não mora longe de nós, vive escondida no nosso interior. Basta ser verdadeiro para que ela nos tome pela mão e nos conduza ao castelo dos nossos sonhos. Ela é o grande desejo que todos têm. É por isso que desejamos felicidades às pessoas de quem mais gostamos."

Choro!

"O choro pode ser a expressão eloquente e sincera de um grande e verdadeiro sentimento. Chorar assim não é vergonha nenhuma. Pelo contrário! Assim podem chorar homens e mulheres e todos quantos tenham uma razão suficiente para um sentimento verdadeiro.
Para chorar basta ter coração e não querer aparentar mentirosamente uma frieza de esfinge. O choro, aliás, pode ser a manifestação de alegria ou tristeza, que traduz as emoções profundas do coração.
Se és forte e corajoso, um exemplo de firmeza e integridade não te violentes para provar aos outros que és uma pessoa inabalável. Antes de mais nada e acima de qualquer outra coisa, és um ser humano, que tem espírito e sensibilidade. Se o teu coração se emocionar, deixa os teus olhos chorar. E benditas as lágrimas que são sinónimo de verdade."

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amor!

"Nascemos por amor, vivemos para amar e somente o amor eterniza as nossas vidas.
Para transformar a nossa sociedade, é preciso ter a coragem do amor e a prontidão do martirio. Só assim os nossos amores individuais respirarão com grandeza.
Amar em ponto pequeno seria desistir dos grandes ideais da vida."

Aflição!

"A primeira coisa que uma pessoa aflita deveria fazer é...parar, uma vez que a aflição aumenta num clima de agitação. Parar e respirar fundo, desviando a atenção do foco da aflição e concentrando-a simplesmente na acção de respirar. Depois de te sentires vivo, respirando, olha em redor e comunga da placidez das coisas que te rodeiam.
O importante é não dar corda à aflição, perdendo o controlo dos acontecimentos. Nestes momentos, a pessoa precisa de aplicar toda a sua capacidade de acção e reacção. Para tanto, deves manter-te calma e segura, fazendo um acto de fé em ti e nos outros. E ter paciência, sabendo esperar com naturalidade que as coisas se resolvam com a nossa juda e não se compliquem com a nossa aflição."

Abandono!

"Ninguém gosta de se sentir abandonado, embora o abandono seja uma experiência frequente na nossa vida.
Já paraste para pensar que Deus nunca te abandonou e, por outro lado, para te dares conta de que Cristo também experimentou a dor do abandono? Não te lamentes nem condenes se um amigo ou a pessoa amada te abandonou. Pelo contrário, que saibas valorizar-te, sem desvalorizar os outros. E lembra-te que um verdadeiro amigo nunca te abandonaria. Saibas, portanto, distinguir entre os que merecem as tuas lágrimas e os que são egoistas e pouco generosos no amor. Ainda hão-de surgir muitos amigos sinceros na tua vida, se usares de sinceridade nos teus sentimentos. O amor que tens dentro de ti há-de encontrar resposta em alguém que verdadeiramente o merece.
Não faças de um abandono o coração da tua existência!"

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A noite!

"Quando o poeta dorme...os sonhos vagam sem redeas, sem regras, sem rumos. Quando o poeta dorme...os sonhos voam libertos, revirando almas aridas, desfazendo vontades tortas, acordando tantas noites mortas, o homem triste, canta, o amante perdido, volta, a mulher amada, retorna, a moça feia, se enfeita, o menino pobre, eniquece, a vida se faz inteira...qualquer desejo acontece. Quando o poeta dorme...empresta seus sonhos."

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Nascer do dia!

Fevereiro 2009
Setembro 2009

Da minha varanda!

Novembro 2008



terça-feira, 6 de julho de 2010

Sitio dos Anjos!

Pertencente à Freguesia dos Canhas, existe no sitio uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Anjos, cuja construção remota ao terceiro quartel do século XV.

Porto Moniz




O Norte!

Seixal, Ponta Delgada e Boaventura vistas da Ribeira da Janela


Ribeira da Janela