terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Coisas velhas que os novos não sabem...

  • Foi no ano de 1570 que os jesuítas vieram estabelecer-se na Madeira, onde fundaram um Colégio.
  • O convento da Igreja de Santa Clara foi inaugurado em 1497 e o de S. Francisco em 1472, havendo já nesta cidade, antes desta época, muitos frades franciscanos.
  • A casa de abrigo do Poiso, pequena casa quadrangular, situada a 4.500 pés, acima do mar, foi mandada construir pelo governo para abrigo e alojamento dos viandantes, tendo ficado concluída em princípios de 1852.
  • A aldeia do Faial era, em 1887, muito pobre, composta de duas dúzias de choupanas de colmo que, em pobreza e imundice, ainda excediam os miseráveis ranchos de índios, espano-americanos, diz um cronista da época.
  • Naquele mesmo ano, Santana, já era uma aldeia populosa, com uma grande Igreja, e alguns edifícios circundados de vistosos jardins. O mais aparatoso desses edifícios era a hospedeira do Aciaiuoly.
  • A actual igreja paroquial da freguesia de Santo António começou a ser edificada no primeiro quartel do século XVIII. A imagem do Santo correspondente foi encomendada para Espanha. E em madeira, de tamanha maior que o natural e chegou ao Funchal em 1715.
  • A primeira paroquia que existiu na Ilha na Madeira foi a de Nossa Senhora do Calhau, sendo a sua sede transferida em 1508 para o actual templo da Sé, então conhecido pelo nome de Igreja Grande sob a invocação de Nossa Senhora da Assunção ou do Monte. No ano de 1514, data em que foi criada a diocese do Funchal, passou esta a ser Catedral por bula do Pontífice Leão X, sendo sagrada pelo Bispo D. João Lobo em 18 de Outubro de 1511. O terreno onde foi construída a Sé, conhecido pelo nome de Campo do Duque, foi dado por D. Manuel e toda a despesa foi paga pelo imposto lançado sobre os vinhos dos Concelhos do Funchal, Ponta do Sol e Calheta. A torre dos sinos que mede cerca de 50 metros de altura é coberta de azulejos mas poucos restam dos primitivos, pois a maior parte deles foram substituídos depois do terramoto da noite de 31 de Março de 1748 que produziu grandes estragos. Os sinos primitivos ficaram muito deteriorados com o abalo sísmico e foram substituídos por 6 sinos novos os quais foram devidamente sagrados na manha do 9 de Novembro de 1822, no adro da Sé ficando cada um deles com os nomes seguintes: Ao 1º - Nossa Senhora do monte; ao 2º - Santo Agostinho; ao 3º - Santa Rita de Cássia; ao 4º - Santa Barbara, ao 5º - S. Joaquim e ao 6º - S. Pedro.
  • O primeiro hospital que houve nesta ilha foi construído à custa do povo no ano de 1469 num terreno junto à capela de S. Paulo doado em 1454 para este fim pelo Cap. João Gonçalves Zarco o qual permaneceu neste sítio apenas durante 15 anos.
  • O castelo de S. João Baptista, vulgarmente chamado fortaleza do Pico foi mandado edificar pelo Governador-geral D. Francisco Henriques que tomou posse do governo desta ilha a 28 de Outubro de 1622 e faleceu em 23 de Julho de 1624. Uma lapide que está na praça de armas, comemora o Governador Geral Luís de Noronha Henriques Pinto como o edificador do resto da obra e este assumiu o governo da Madeira a 6 de Junho de 1636 e deixou-o em igual dia de 1640, é portanto claro que o castelo de S. João Baptista do Pico foi concluído entre 1622 e 1640. Na praça de armas está edificada uma capela dedicada a S. João Baptista.
  • Os carros de arrasto do Monte, que em menos de 10 minutos ponham uma família na cidade, foram construídos expressamente para o transporte de passageiros daquela pitoresca estancia para o Funchal. Este sistema de locomoção acelerada é por certo anterior a todos os caminhos-de-ferro, diz uma crónica de tempos antigos, acrescentando que, “se o seu inventor não fosse um pobre filho da Madeira, não digo que ele alcançasse a celebridade de Stephenson porque não quero com a exageração prejudicar o elogio, mas seu nome não seria, por certo ignorado daqueles que procuram tão cómoda como agradável diversão.”
  • Em Machico há dois pequenos fortes. Um construído no centro da cortina da Vila denominado Nossa Senhora do Amparo. A sua construção foi feita no ano de 1706 à custa do seu primeiro capitão Francisco Dias Franco, como se vê da inscrição que está por cima da porta da entrada. O outro construído em 1708 na margem oriental da baia por cima desembarcadouro, denominado de S. João Baptista. Foi deste forte que se fez o 1º tiro de bala no dia 22 de Agosto de 1828 sobre o brigue de guerra da esquadra do Infante D. Miguel que atacou a vila de Machico. O tiro foi dirigido pelo ajudante de artilharia auxiliar João Francisco de Sousa Ribeiro e fez alguma avaria no brigue que era o “Infante D. Sebastião”.
  • A fortaleza do ilhéu foi mandada fazer pelo Governador Bartolomeu Vasconcellos da Cunha em 1654, e logo em 9 de Novembro de 1682, vinte e oito anos depois, mandou o príncipe regente, depois, D. Pedro II, por seu alvará, que se fizesse uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição do Ilhéu, fazendo-lhe depois várias concessões.

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